segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Princípio fundamental da vida


Nada se cria tudo se transforma. Minha teoria é de que isso acontece, também e principalmente, com o amor.
Primeiro que o amor não nasce do nada. Você lá, ouvindo Beatles e plim: amor. Não, o amor é um produto. Pode vir da amizade, do ódio, simpatia, atração, paixão, admiração, desprezo. Enfim, ele pode nascer de qualquer coisa, mas nunca do nada. Um beijo no escuro, uma nota musical, um grito de prazer, um sorriso sincero, um olhar sobre o jornal no café, um tapa que não deveria ter doído. Tudo no universo foi feito para gerar o amor. Talvez por isso ele não simplesmente acabe. Você lá, ouvindo Sex Pistols e puf: cadê o amor que eu deixei aqui?
O amor se transforma. Pode se transformar em tudo que o gerou. O amor vira amizade, raiva, ressentimento, indiferença, carinho, preocupação, lembrança, saudade. O amor sofre mutação, poliploidia e crossing-over, mas não morre. O amor se reapresenta em forma de uma briga silenciosa, um soco que deveria ter doído, muitas noites mal dormidas, incontáveis lagrimas ao sol, um riso melancólico, um abraço de despedida, meios sorrisos amarelos e seguidos apertos de mão. Praticamente tudo no universo existe por causa do amor.
O amor pode passar por varias metamorfoses, mas sempre vai estar ali, a espreita, como um gene pronto para se manifestar em qualquer lugar, qualquer momento, por qualquer motivo, em todas as pessoas, por qualquer outra. Um gene recessivo que domina todos os caracteres.

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