domingo, 7 de agosto de 2011

Uma vida em 15 dias (e todo amor que cabe nela)




Foi a sensação mais estranha do mundo, como se nunca mais fosse ser a mesma pessoa. E provavelmente não serei. Umas quarenta pessoas maravilhosas entraram na minha vida com data marcada pra sair, assim como várias outras já o fizeram. Mas essas outras não me marcaram tanto, não vieram com tantas boas recordações ou injeções de adrenalina. Vou escrever esse texto especialmente pra vocês, que estiveram comigo nesses quinze dias inesquecíveis, porque preciso tirar essa vontade de ficar com vocês do peito e colocar em algum lugar enquanto ainda queima, para que se torne imortal bem da maneira que estou sentindo. 
Se me dessem um mapa mundi para escolher o destino de minha viagem, não escolheria a Disney, nem mesmo Nova York. Se me pedissem para escolher com quem viajar, não escolheria quarenta mineiros desconhecidos. Mas foi isso que ganhei. Quinze dias de Disney, Nova York e vocês. Lembro como se fosse ontem, exatamente tudo no aeroporto. Primeiro falei com a Vitoria na fila, perguntei se podia passar. Depois a confusão com os vôos no Rio, conversei com a Bruna, Anninha e Ana Beatriz. Na sala de embarque o Henrique veio chamar pro portão, perguntou de onde a gente era ("Longe pra caralho!"). Depois o Yuri cantou uma musica sertaneja que tem Goiânia na letra, que até agora não faço idéia qual era ( "Vocês não gostam de sertanejo né?" ). Depois todo mundo saiu correndo pra ver a Deborah Secco. Ah, sou suspeita, sempre gosto das pessoas primeiro, e gostei de vocês logo de saída, e que saída longa…36 horas sem tomar banho é pra fazer amizade duradoura, viu?! O sofrimento une as pessoas, e aquele City Tour de 7 horas foi de matar. Nova York é surreal e cada um de vocês faz parte da cidade que nunca dorme, ela só existiu pra mim porque estavam lá. Quatro dias foram praticamente um mês. Acordar cedo e dormir tarde fez maravilhas com as poucas horas que tínhamos. Esticaram-se eternamente naquele calor infernal. Merecíamos que a Quinta Avenida tivesse um ar condicionado gigante. Se bem que quando o Yan tirou a camisa na Abercrombie até o calor deu um descanso. E eu acho limosines sem graça, mas Laurinha e Vi numa Hummer fizeram uma hora e meia durar para sempre, com fundo musical do Felippe. 
Pliim, num passe de mágica e mais duas horas de vôo, chegamos em Orlando. Ana estava certa, é realmente mágico. O Yuri não conseguiu acabar com o encanto dos príncipes… eles meio que fizeram isso sozinhos. Agora o hotel tinha piscina, as noites começaram a render tanto quanto os dias. E como esses dias renderam, todo mundo emagreceu comendo hambúrguer. SuperSizeMe era fraco isso sim, manda ele visitar todas as atracões de cada parque de Orlando pra ver. Todos começaram também a dormir nas paradas. Cada fila que entrávamos eram cinco cochilando. Sem contar no teatro do Nemo, Muppets, e no lendário e radical "It's a small world" ( até no Cirque du Soleil ;x ). Ainda bem que existiam as montanhas russas para nos acordarem. E os gritos de pânico da Ana!! 
Pânico mesmo foi na hora de ir embora. Anna Mel derreteu o coração de todo mundo e me matou de inveja, eu também quero um caderninho de autógrafos daquele. Confesso que não chorei porque vocês ainda estavam todos do meu lado. Contudo, a Depressão Pós Disney é verdadeira. Nada mais tem sabor, me impressiona. Enfrentar filas sozinha e andar na rua sem seguir uma bandeirinha é tortura. Voltar a vida real é muito difícil sabendo que vocês estão muito mais longe que uns passos do quarto do hotel, que o telefone não vai tocar seis da manhã, que eu não vou ver a Minnie andando na rua. Que nunca vou me divertir tanto com três bêbados como Cicero, Matheus e Marcio; que o Marco Tulio não vai me segurar quando eu tiver medo de avião, que o Henrique não vai me ensinar passos de dança, que o Yuri não vai dançar axé no meio da rua, e a Ana não vai estar do meu lado pra rir da cena. Que a Gabi não vai reclamar da espera, do calor e das filas, que não vou ouvir os comentários únicos da Andrea, que a Bruna não vai roubar meu chocolate, que a Vitoria não vai chorar de medo em coisas engraçadas, que a Mel não vai me derrubar no chão com beijos, que eu não vou abraçada com a Laurinha em todas as montanhas russas da minha vida. Não só não vou esquecer, como vou lembrar sempre de vocês. Muito obrigada por tudo. Vocês colocaram ritmo no meu nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário