sábado, 4 de fevereiro de 2017

Here’s to the hearts that break



Quem sabe se isso é o início de algo maravilhoso ou mais um sonho que não consigo realizar? Perguntou a música e em sua cabeça ecoou. É a pergunta dos intensos, que depois de tanto se jogar de olhos fechados começam a andar, pé ante pé, calculando cada passo, medindo a firmeza do terreno, a textura sob os pés. Acontece que ela não sabia ler sinais, analisar as vírgulas. Só aprendeu a sentir a melodia, deixar seu corpo e sua alma voarem, rodopiarem até que a última nota fosse tocada. E se ela estivesse lá em cima, bem alto mesmo, caía com a certeza de que (ainda bem!) não era feita de porcelana. O sofrimento mesmo só vinha depois, a vozinha na cabeça brigando: de novo menina, como pode sonhar tanto? E a razão voltava a assumir um pouco (o coração precisava de uns minutos para recuperar o fôlego), fazia uns cálculos, montava umas regras, mandava a menina andar com calma. Toda séria a menina ficava, focada, desiludida, se perguntando qual o próximo passo, planejando a sequencia dos eventos. Oxi, que isso não durava nada com aquele corpo inquieto, e a alma já implorava para criar asas. Quem se importa com o final? Sorte a dela que a música respondeu junto com a intuição: quem sabe, eu senti desde primeiro abraço que dividi com você.

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