Sabe aquele livro preferido que
você gostaria de ler de novo pela primeira vez? Essa é sua chance. Cada esquina
que você conhecer será nova, cada palavra nunca foi ouvida, cada olhar ainda
não foi trocado. Use então aquela blusa que você sempre achou muito curta,
jogue na roda aquela piada que parecia ousada demais para ser dita por você.
Pegue o travesseiro que levou na
bagagem, rasgue com toda força, e quando as plumas caírem, seja o mais você que
já foi. Seja tão você que nem se reconheça mais e daí se conheça de novo.
Proteja o seu coração. Eu sei que
você tem o coração mais forte que mil guerreiros, mas nem todo mundo ama como
você. Sua resiliência é linda de se ver, mas é sofrida de viver, e eu não vou
poder mais te dar tanto colo quanto eu gostaria.
Queria que você se lembrasse, a
cada pessoa maravilhosa que conhecer, que elas não chegam aos seus pés. Que
quando for muito pesado para você, não se esforce para ser leve pelos outros.
Mesmo que eu tenha certeza de que
tudo vai dar certo no final, haverá domingos difíceis. E quando isso acontecer,
chore. Chore muito e bastante. Porque as lágrimas escorrem. Elas molham mas
secam. E levam todo peso embora. Não há dor nenhuma que mereça ser carregada
como âncora.
Não escute conselhos. Nem mesmo
esses. Escute sua intuição. Abra bem os braços e grite ‘vem vida’. Deixa a vida
vir e se jogue com vontade. Quando tiver vontade. Esse mundo foi feito para o
seu abraço. E quando ele não merecer, o meu estará sempre à sua disposição.
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